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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Mico-leão-dourado

  Mico Leão Dourado - Curiosidades


  O Mico Leão Dourado é um mamífero pertencente à família Callitrechidae e à ordem Primates. O comprimento deste animal varia de 20 a 37 cm, o rabo mede de 30 a 40 cm. Seu peso oscila entre 360 e 800 g e sua pelagem, suave e sedosa, tem cor amarelo dourado e está disposta sobre sua cabeça em forma de juba, fato que lhe valeu o apelido.

  


  O mico-leão-dourado atinge a maturidade aos dois anos e pode viver (em cativeiro) até 15 anos. Esta espécie de primata se diferencia dos outros por possuir dois molares, ao invés de três, em cada lado da mandíbula superior e, com exceção do polegar, por ter garras em vez de unhas.

  Este mico habita o sudeste do Brasil (na Mata Atlântica do Rio de Janeiro e no sul do Espírito Santo). Seus hábitos são diurnos e arborícolas e, durante a noite, dorme nos buracos das árvores. Sua alimentação é baseada em frutas (mais de 70 tipos diferentes), seiva, flores, invertebrados e répteis (estes dois últimos procurados no interior de bromélias).

  A estrutura social é a família, formada por um casal e seus filhotes (o grupo é composto por mínimo 3 e, no máximo, 7 integrantes). Os membros da família costumam ficar próximos uns dos outros. Cada família se desloca por uma zona específica, chamada área de ação (esta área tem de 36 a 61 hectares e é defendida pelos membros da família). Foram observados casos deste animal vivendo sozinho.

  Normalmente só quem reproduz no grupo é a fêmea dominante, esta controla suas filhas por meio de agressão para evitar que elas procriem. A reprodução ocorre, na maioria dos casos, uma vez por ano, a maior parcela de nascimentos acontece de setembro a fevereiro e o período de gestação dura de 127 a 137 dias. Em cada parto a fêmea dá à luz a um ou dois filhotes. Os membros do grupo ajudam a mãe a cuidar das crias, que são transferidas para outro integrante, após 7 dias.

   


  Graças ao tráfico desta espécie, ao envio de animais para zoológicos e à destruição do seu habitat, para desenvolvimento da agricultura, criação de gado e urbanização, o mico-leão-dourado está ameaçado de extinção. Dada a perigosa situação deste primata, desde 1.984, foram introduzidos na natureza vários exemplares criados em cativeiro, mas os resultados tiveram êxito relativo, visto que, até 2.004, somente 65% dos animais sobreviveram por mais de 6 meses. Há estimativas de que, hoje, existem aproximadamente 2.000 exemplares deste animal vivendo em liberdade, mas ainda é um número pequeno para a continuidade da espécie.

  


   Habitat:

  Mata Atlântica da baixada costeira do Estado do Rio de Janeiro, atualmente restrita aos municípios de Silva Jardim, Rio Bonito, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Cabo Frio, Armação dos Búzios e Saquarema.
Características da espécie
  • Vive em grupos familiares formados, em média, por seis indivíduos, mas pode variar desde dois até 14 indivíduos
  • O mico adulto pesa entre 550 a 600 gramas e mede cerca de 60 cm da cabeça até a ponta da cauda.
  • Não há qualquer diferença de cor de pelo ou tamanho entre o macho e a fêmea da espécie
  • Na natureza vivem em média, oito anos, mas podem chegar até 10 - 12 anos
  • Podem reproduzir uma ou duas vezes por ano (setembro a novembro – janeiro a março), com gestação de 120 dias e normalmente produzem dois filhotes gêmeos.
  • Alimentam-se de frutos silvestres, insetos, pequenos vertebrados e, eventualmente, de goma de algumas árvores
  • Cada grupo utiliza uma área que varia entre 50 ha a 100 ha que é defendida da entrada de outros grupos de micos
  • São animais diurnos e à noite, dormem em ocos de árvores ou em emaranhados de cipós e bromélias.
  As unidades de conservação, mais conhecidas pela sigla UCs, desempenham um papel fundamental para que os micos-leões-dourados deixem de correr risco de extinção. Para se ter uma ideia, as maiores populações da espécie encontram-se em UCs. As duas maiores estão na Reserva Biológica Poço das Antas e na Reserva Biológica União, ambas no Rio de Janeiro.

  No Ano Internacional da Biodiversidade (2010), é indispensável que o Brasil volte suas atenções para a proteção da Mata Atlântica, que abriga não só os micos-leões-dourados, mas muitas outras espécies endêmicas.

  O compromisso do país com a Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas é proteger em unidades de conservação 10% da área original da Mata Atlântica. No entanto, os remanescentes desse bioma são tão poucos e pequenos, que nosso desafio atualmente é proteger integralmente todos os fragmentos de floresta que ainda restam.


Fundação Parque Zoológico de São Paulo

 

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