Mico Leão Dourado - Curiosidades
O Mico Leão Dourado
é um mamífero pertencente à família Callitrechidae e à
ordem Primates. O comprimento deste animal varia de 20 a 37 cm, o
rabo mede de 30 a 40 cm. Seu peso oscila entre 360 e 800 g e sua pelagem, suave
e sedosa, tem cor amarelo dourado e está disposta sobre sua cabeça em forma de
juba, fato que lhe valeu o apelido.
O mico-leão-dourado atinge a
maturidade aos dois anos e pode viver (em cativeiro) até 15 anos. Esta espécie
de primata se diferencia dos outros por possuir dois molares, ao invés de três,
em cada lado da mandíbula superior e, com exceção do polegar, por ter garras em
vez de unhas.
Este mico
habita o sudeste do Brasil (na Mata Atlântica do Rio de Janeiro e no sul do Espírito Santo). Seus hábitos são
diurnos e arborícolas e, durante a noite, dorme nos buracos das árvores. Sua
alimentação é baseada em frutas (mais de 70 tipos diferentes), seiva, flores,
invertebrados e répteis (estes dois últimos procurados no interior de
bromélias).
A estrutura social é a família, formada por
um casal e seus filhotes (o grupo é composto por mínimo 3 e, no máximo, 7
integrantes). Os membros da família costumam ficar próximos uns dos outros.
Cada família se desloca por uma zona específica, chamada área de ação (esta
área tem de 36 a 61 hectares e é defendida pelos membros da família). Foram
observados casos deste animal vivendo sozinho.
Normalmente só quem reproduz no grupo é a
fêmea dominante, esta controla suas filhas por meio de agressão para evitar que elas procriem. A
reprodução ocorre, na maioria dos casos, uma vez por ano, a maior parcela de
nascimentos acontece de setembro a fevereiro e o período de gestação dura de
127 a 137 dias. Em cada parto a fêmea dá à luz a um ou dois filhotes. Os
membros do grupo ajudam a mãe a cuidar das crias, que são transferidas para
outro integrante, após 7 dias.
Graças ao tráfico desta espécie, ao envio de
animais para zoológicos e à destruição do seu habitat, para desenvolvimento da
agricultura, criação de gado e urbanização, o
mico-leão-dourado está ameaçado de extinção. Dada a perigosa situação deste
primata, desde 1.984, foram introduzidos na natureza vários exemplares criados
em cativeiro, mas os resultados tiveram êxito relativo, visto que, até 2.004,
somente 65% dos animais sobreviveram por mais de 6 meses. Há estimativas de
que, hoje, existem aproximadamente 2.000 exemplares deste animal vivendo em
liberdade, mas ainda é um número pequeno para a continuidade da espécie.
Habitat:
Mata Atlântica da baixada costeira do Estado do Rio de Janeiro, atualmente restrita aos municípios de Silva Jardim, Rio Bonito, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Cabo Frio, Armação dos Búzios e Saquarema.
Características da espécie
- Vive em
grupos familiares formados, em média, por seis indivíduos, mas pode variar
desde dois até 14 indivíduos
- O mico
adulto pesa entre 550 a 600 gramas e mede cerca de 60 cm da cabeça até a
ponta da cauda.
- Não há
qualquer diferença de cor de pelo ou tamanho entre o macho e a fêmea da
espécie
- Na
natureza vivem em média, oito anos, mas podem chegar até 10 - 12 anos
- Podem
reproduzir uma ou duas vezes por ano (setembro a novembro – janeiro a
março), com gestação de 120 dias e normalmente produzem dois filhotes
gêmeos.
- Alimentam-se
de frutos silvestres, insetos, pequenos vertebrados e, eventualmente, de
goma de algumas árvores
- Cada
grupo utiliza uma área que varia entre 50 ha a 100 ha que é defendida da
entrada de outros grupos de micos
- São
animais diurnos e à noite, dormem em ocos de árvores ou em emaranhados de
cipós e bromélias.
As unidades de conservação, mais conhecidas pela sigla
UCs, desempenham um papel fundamental para que os micos-leões-dourados deixem
de correr risco de extinção. Para se ter uma ideia, as maiores populações da
espécie encontram-se em UCs. As duas maiores estão na Reserva Biológica Poço
das Antas e na Reserva Biológica União, ambas no Rio de Janeiro.
No Ano Internacional da Biodiversidade (2010), é indispensável que o Brasil volte suas atenções para a proteção da Mata Atlântica, que abriga não só os micos-leões-dourados, mas muitas outras espécies endêmicas.
O compromisso do país com a Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas é proteger em unidades de conservação 10% da área original da Mata Atlântica. No entanto, os remanescentes desse bioma são tão poucos e pequenos, que nosso desafio atualmente é proteger integralmente todos os fragmentos de floresta que ainda restam.
No Ano Internacional da Biodiversidade (2010), é indispensável que o Brasil volte suas atenções para a proteção da Mata Atlântica, que abriga não só os micos-leões-dourados, mas muitas outras espécies endêmicas.
O compromisso do país com a Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas é proteger em unidades de conservação 10% da área original da Mata Atlântica. No entanto, os remanescentes desse bioma são tão poucos e pequenos, que nosso desafio atualmente é proteger integralmente todos os fragmentos de floresta que ainda restam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário